sexta-feira, 4 de maio de 2012

Educação e Diversidade Cultural


A diversidade cultural está bastante presente no Brasil. Por ter sido um país colonizado, foi abrigo para diversos tipos de etnias, culturas e grupos sociais. Tais grupos que definiram o que entendemos como Sociedade Brasileira.

Concordo com Nilma, quando ela diz que a Padronização tanto do Homem quanto da Educação cria a exclusão quando deparada com a  diversidade. Nunca que conseguiremos a partir de um padrão, englobar todas as diferenças. Podemos, sim, encontrar pontos em comum, porém nunca uma homogeneidade.

Acredito, que no Brasil, o que temos por Discriminação racial, econômica e social é presente e não é tão forte como em outros países que conhemos, como por exemplo, os Estados Unidos. Hoje, há um aceitabilidade dos brasileiros com os próprios brasileiros, ou seja, de certa forma, os brasileiros aceitam mais essas presenças diferentes.

Claro, que existem os fatores históricos de classes dominantes, culturais, etc, que nos levam ao preconceito, mas existe também um movimento que, a partir da aceitabilidade do diferente, está tornando possível a "boa convivência". É um caminho que precisa ainda ser percorrido e já é evidente alguns sinais de mudança nesse segmento.

Ultimamente, as escolas estão se tornando mais acessíveis para as pessoas com deficiência. Nas escolas, as crianças já convivem com quem não consegue andar, ouvir, falar ou perceber, e também com crianças de outros etnias como índios, negros, japoneses, alemãs entre outros.

O importante nisso tudo, além da convivência pacífica, é a educação que deve a cada momento se ampliar, se tornando até mais complexa pois irá tratar com diferenças para formar e informar, como também buscar e criar a Cidadania entre eles.(Papel da Escola em conjunto com a  Família)

É desenvolvendo,pois, uma Política direcionada a esse movimento que poderemos obter mais visibilidade para melhor trabalhar com essa diversidade cultural, incentivando "um posicionamento crítico e político e um olhar mais ampliado que consiga abarcar os multiplos recortes dentro de uma realidade cultural diversa".

Isto é, Políticas Públicas Educacionais criadas para melhor atender à população, inserindo o diálogo, trocas de experiências e também garantindo os direitos. Deste modo, unindo as diferenças para suscitar uma Complexidade de Conhecimento como de Aprendizagem, dando ao aluno uma possibilidade maior de construir sua cidadania: respeitando e compreendendo as presenças diferentes. Isso implica em "romper com os preconceitos, em superar as velhas opiniões formadas sem reflexão, sem o menor contato com a realidade do outro.

A educação é essencial ao Ser Humano como ao desenvolvimento da Sociedade. A partir desse ponto, devemos construir nosso mundo com essa visão "globalizadora" no que diz respeito à educação, aos direitos, etc.

Fonte:

Gomes, Nilma Lino. Educação e Diversidade Cultural: Refletindo sobre as Diferenças na Escola.
mulheresnegras.org/nilma.html (2007)

quinta-feira, 29 de março de 2012

"O que é formação para CIDADANIA?"


Texto base: Entrevista com Chico de Oliveira, realizada em 1999.

Palavras-chave: Cidadão, plenitude, virtualidade e conflito.

Para que falemos sobre cidadania,  temos de pressupor que existam cidadãos.  E como definir o que é cidadão? Cidadão é aquele que participa ativamente da sociedade e possui direitos atribuídos por uma constituição ou conjuntos de Leis, ou talvez, pela própria organização cívica que se encontre (será que um índio é cidadão? Acho que para sua tribo e para o país que ele habita, sim).

Sendo assim, para sermos cidadãos devemos participar de forma efetiva da sociedade buscando garantir os nossos direitos como também lutar por eles, pela sua melhoria, pela sua adaptação segundo a nossa realidade atual. Essa busca pelos direitos deve ser algo dinâmico que envolve fielmente quem luta por uma causa. No entanto, mesmo sendo ativo, esse cidadão usará de armas para que suas reivindicações possam alcançar algum êxito considerável (aqui, é o estágio do conflito). Para maior eficiência, ele se utilizará de instituições criadas e organizadas pelos próprios cidadãos para que se tenha uma força maior de mobilização, de modo que cause mudança no meio.

Temos as Leis que nos garantem nossos direitos, porém necessitamos trabalhar para que as lacunas existentes, nessas Leis, possam ser vedadas com as alterações e os acréscimos necessários. Respeitando sempre as diferenças e trabalhando com elas para que cada raça, crença e etnia possam desfrutar de direitos igualitários como também serem aceitas e compreendidas por todos. Isso é a criação do espaço de virtualidade, onde se estudaram as opções para que talvez se haja um novo direcionamento para a mudança dentro de um direito.

Mas, como está preparado? Sem dúvidas, necessitamos estar aptos no que diz respeito à linguagem para poder se desenvolver qualquer coisa. Não tem como viver em Marte, se não se sabe a linguagem que se usa por lá. Temos de estar sempre "inseridos" na linguagem para assim podermos caminhar dentro de uma sociedade. Quando se registra uma criança, vê-se já um cidadão segundo o documento, mas para que esse surja futuramente como cidadão, esse deverá participar da sociedade com suas ideologias. Chegando, então, em sua plenitude de autonomia.

É fato que os direitos já são garantidos mesmo quando não somos inseridos na linguagem (quando recém-nascidos são registrados - Brasil). No entanto, somente a plenitude de autonomia que concretizará a cidadania.

"Quais os conhecimentos necessários aos educadores e educandos do Século XXI?"


É interessante, para nós alunos, hoje, dialogar sobre esse assunto já que vemos os dois lados da moeda em nosso dia a dia. Vemos educadores que transmitem conhecimentos e outros que estimulam a buscar esses conhecimentos e buscar transformá-los ou aderi-los de alguma forma.

Na própria pergunta, percebemos a influência do simples ensino de coisas: "Quais conhecimentos...?" Quais métodos, formas, teorias, deveríamos seguir para alcançar o que seria a escola modelo do século XXI. No mais, a seguir exponho, acho, que as quatro diretrizes para a Escola Cidadã no Século XXI:

  1. Re-aprender a conhecer: Nessa diretriz, temos a necessidade primeira de conhecer as formas em sua teoria, ou seja, conhecer as coisas; ter embasamento teorético. Aqui, não usaríamos de métodos que nos levassem ao simples decorar de sentenças, mas ao método de motivação que nos permitisse pesquisar, "correr atrás" desse conhecimento almejado por nós;
  2. Re-aprender a fazer: Antes, se cobrava dos alunos o saber do feito, de quais procedimento eram necessários para chegar a esse feito (tecnicista). Nessa nova proposta, vemos a necessidade de poder não somente fazer o feito, mas recriá-lo, reinventar. Dando, pois, um dinamismo de certa forma evolutivo ao fazer.
  3. Re-aprender a conviver (viver juntos): Essa diretriz serve para para a Educação como para diversos ramos de estudo e vivência em nossa sociedade. Ela implica no RESPEITO ao que é diferente de nós, seja na área ética, religiosa, etnológica, social, econômica, e política. Temos de aprender a perceber a realidade como é em sua totalidade e compreender as "desigualdades" que formam o que chamamos de civilização global. Essa re-aprender a conviver nos remete a conscientização do que é mundo.
  4. Re-aprender a ser: Nessa diretriz, seremos já a totalidades das anteriores na perspectiva de que somos seres inacabados e que sempre buscamos o que é perfeito.  Isto é, tendo essa perspectiva como norteadora de nossa conduta, saberemos dialogar e duvidar sobre o que se conhece, podendo causar um desenvolvimento produtivo do que se conhece entre duas pessoas. Por exemplo, no meu Estado, uma fruta tem certas propriedades acentuadas e no seu Estado, essa mesma fruta tem outras propriedades acentuadas e assim, saberemos no fim, quais as totalidades de propriedades que essa fruta tem. É saber somar por meio do diálogo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

VIDA


Vejo que muitos dizem procurar a profundidade na suas relações inter-pessoais: buscam o amor, o carinho, o bem-estar, e o zelo. No entanto, não é isso o que acontece. Vejo pessoas, que apesar de sonharem com coisas mais sublimes, colocam-se à mercê de situações e práticas que vão de encontro aos seus sonhos e propósitos, e digo até de seus princípios morais.

Penso que cada um de nós devamos, sim, refletir o que realmente somos e queremos e, buscar o que é verdadeiramente a felicidade para nós. Seja debaixo de um coqueiro numa praia ou dentro de um escritório repleto de livros. Mas que  represente, sem hipocrisia, o que almejamos.

Há, certamente, os casos em que a covardia nos impede de realizar aquilo que queremos. Porém, não é problema de outros, é o nosso. Alguns podem chegar e dizer: - Tome conta de sua vida.  Mas, somente nós mesmos nos tornaremos sujeitos de nossa própria vida. :D

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Montaigne - Cap IV - De como a alma que carece de objetivo para as suas paixões as manifesta ainda que ao acaso

Citação: "assim como o vento, se espessas florestas não se erguem à sua frente como obstáculos, perde sua força e se dissipa na imensidão" #Lucano

Nesse ensaio, Montaigne discute a carência de objetivo para a alma. Ou seja, vemos que os homens não estão aderindo, à vida, um planejamento que os direcione e os coloque sempre a favor de uma meta. O acaso é recebido por aqueles que sua alma é inteiramente guiada por instintos (Montaigne compara o Homem aos animais). E por isso, seguem seus instintos a qual sua prática acarreta muitos prejuízos ao portador da alma. Por que, então, não se procurar o verdadeiro objetivo que os guie para benefícios?

Mesmo assim, diversos preferem se abster desse Objetivo e se colocam ao vento, ao acaso, ao resultado de seus maus atos.

"Não devemos encolerizar contra os acontecimentos, porquanto não se preocupam com as nossas iras" (Em Plutarco - um poeta antigo)

No entanto, Montaigne constata que tais homens entregues ao acaso, ainda se permitem se revoltar contra seus deuses pelos sofrimentos adquiridos ou até pelos acontecimentos. Infelizmente, tal cólera não é ouvida.

Qual seria a culpa dos deuses, se ele mesmo se faz mal? #Fato


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Montaigne - Cap III - Dos nossos ódios e afeições

Citação: "Nunca estamos em nós; estamos sempre além. O temor, o desejo, a esperança jogam-nos sempre para o futuro, sonegando-nos o sentimento e o exame do que é, para distrair-nos com o que será, embora então já não sejamos mais."

É fato que somos aptos a julgar a quem nós temos apreço e a quem não. Isso é muito comum, e Montaigne, especifica como eram feitas as honrarias aos reis mesmos esses sendo considerados maus. O que se tinha por costume era respeitar acima de tudo a autoridade real dos governantes, mesmo que suas ações não levassem a tal postura popular (é um costume que ocorre até nos dias atuais).

Além de tal ponto, aponta para a preocupação excessiva com a Morte e seus pós-preparativos. Mostra-nos alguns exemplos onde indivíduos se colocam inteiramente envolvidos nos preparativos e rituais a serem feitos em seu funeral antes da chegada hora, apesar de que em alguns casos não serem merecedores desses ritos.
Para Montaigne, a melhor forma de conduta é deixar esses preparativos nas mãos dos quem ficar. Pois, dessa maneira, a ritual fúnebre será de acordo com a honraria que o indivíduo possuiu. Sendo, pois, lembrando por suas obras (Logicamente, existem exceções nesses casos).

Enfim, o que se tira de lição (#Dever) deste capítulo é que a não preocupação com o futuro é quase improvável pois sempre estamos sendo remetidos a ações que refletem coisas relacionadas ao futuro. Nossas emoções, sonhos, pretensões, medos nos levam a agir sempre em vista desse.


Montaigne - Cap II - Da tristeza

Citação: "(tristeza)... pois ela é sempre nociva, sempre insensata, e também covarde e desprezível: os estóicos a proíbem aos sábios." Pag 15 §1º

Nesse ensaio, Montaigne se mostra averso a esse sentimento da Tristeza, relata que não tem nenhuma disposição a esse já que se considera portador de uma sensibilidade grosseira. E aproveitando tais características pessoais apontadas no início de seu escrito, faz uma crítica aos que aderem um sentimento de tristeza para ostentar sabedoria, honra, contrição, etc. Vê, a partir desses exemplos, que não há a necessidade de colocá-la como meio principal para se ter tais virtudes, como também expô-lá como forma de exibição.

Tendo isso firmado, Montaigne analisa alguns exemplos onde grandes autoridades foram submetidas a várias provas (perca de filho, mortes). E essas autoridades não se compadecem de imediato, e entronizam em si uma postura inteiramente honrosa. No entanto, quando essas são submetidas a outras provas a mais, desabam. Isto é, a taça que já estava repleta, recebe mais vinho e sangra. Tais autoridades, então, chegaram ao seu limite nesse momento.