quarta-feira, 6 de abril de 2011

Montaigne - Cap II - Da tristeza

Citação: "(tristeza)... pois ela é sempre nociva, sempre insensata, e também covarde e desprezível: os estóicos a proíbem aos sábios." Pag 15 §1º

Nesse ensaio, Montaigne se mostra averso a esse sentimento da Tristeza, relata que não tem nenhuma disposição a esse já que se considera portador de uma sensibilidade grosseira. E aproveitando tais características pessoais apontadas no início de seu escrito, faz uma crítica aos que aderem um sentimento de tristeza para ostentar sabedoria, honra, contrição, etc. Vê, a partir desses exemplos, que não há a necessidade de colocá-la como meio principal para se ter tais virtudes, como também expô-lá como forma de exibição.

Tendo isso firmado, Montaigne analisa alguns exemplos onde grandes autoridades foram submetidas a várias provas (perca de filho, mortes). E essas autoridades não se compadecem de imediato, e entronizam em si uma postura inteiramente honrosa. No entanto, quando essas são submetidas a outras provas a mais, desabam. Isto é, a taça que já estava repleta, recebe mais vinho e sangra. Tais autoridades, então, chegaram ao seu limite nesse momento.


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