quarta-feira, 6 de abril de 2011

Montaigne - Cap III - Dos nossos ódios e afeições

Citação: "Nunca estamos em nós; estamos sempre além. O temor, o desejo, a esperança jogam-nos sempre para o futuro, sonegando-nos o sentimento e o exame do que é, para distrair-nos com o que será, embora então já não sejamos mais."

É fato que somos aptos a julgar a quem nós temos apreço e a quem não. Isso é muito comum, e Montaigne, especifica como eram feitas as honrarias aos reis mesmos esses sendo considerados maus. O que se tinha por costume era respeitar acima de tudo a autoridade real dos governantes, mesmo que suas ações não levassem a tal postura popular (é um costume que ocorre até nos dias atuais).

Além de tal ponto, aponta para a preocupação excessiva com a Morte e seus pós-preparativos. Mostra-nos alguns exemplos onde indivíduos se colocam inteiramente envolvidos nos preparativos e rituais a serem feitos em seu funeral antes da chegada hora, apesar de que em alguns casos não serem merecedores desses ritos.
Para Montaigne, a melhor forma de conduta é deixar esses preparativos nas mãos dos quem ficar. Pois, dessa maneira, a ritual fúnebre será de acordo com a honraria que o indivíduo possuiu. Sendo, pois, lembrando por suas obras (Logicamente, existem exceções nesses casos).

Enfim, o que se tira de lição (#Dever) deste capítulo é que a não preocupação com o futuro é quase improvável pois sempre estamos sendo remetidos a ações que refletem coisas relacionadas ao futuro. Nossas emoções, sonhos, pretensões, medos nos levam a agir sempre em vista desse.


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