Kant é direto quando diz que essa boa vontade é regida pela razão, razão essa que ultrapassa a fronteira da TERRA e também pode ser empregada a seres racionais que estejam fora dela. Lembrando que, no Prefácio, ela abomina a experiência como fonte de um princípio que seria Universal e Supremo. É complicado imaginarmos tais argumentações, mas esse filósofo, em seu sistema, vai nos mostrando a possibilidade da existência de um Imperativo Categórico.
Na última aula, a Professora Cinara Nahra destacou três proposições extraídas da Primeira Seção da Fundamentação da Metafísica dos Costumes: 1ª Proposição: Aquilo é absolutamente bom é boa vontade; 2ª Proposição: A boa vontade parece ser indispensavel do fato de sermos dignos da felicidade; 3ª Proposição: A boa Vontade não é boa por aquilo que promove e realiza.
Isto é, a Boa Vontade, segundo Kant, é boa em si mesma e não necessita de nenhum tipo de utilidade ou inclicação para que isso seja demonstrado. A boa vontade é uma jóia onde as utilidades servem como meios que a intensificam nas situações, essa é relacionada diretamente ao querer e foge a qualquer outro tipo de ação que envolva o princípio da Obrigação Moral.
É fato que tal boa vontade nos tornará dignos de sermos felizes, porém é também fato constatar que a felicidade não dependerá diretamente disso já que vemos pessoas portadoras da felicidade e ao mesmo tempo, não merecedoras (isso segundo o julgamento moral). Seria de muita auto-suficiência julgar quem pode ou não ser feliz, isso não. Mas o que é digno, eu acho altamente provavel tal forma de separação e qualificação.
Cabe a nós refletirmos sobre tal premissa: Essa boa vontade estando relacionada ao querer, então, quando faço uma ação segundo a essa, estou digno de ser feliz e ainda estarei coerente com o julgamento moral. O que dizer do Princípio da Obrigação? É certo que ao praticarmos algo por obrigação não estamos alcançando a boa vontade já que isso foge ao querer, e consequentemente, estaremos fazendo isso porque é correto e tal prática não terá o brilho em si, a finalidade em si.
Fundamentação da Metafísica dos Constumes
- Prefácio e Início da Primera Seção
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